domingo, 20 de janeiro de 2013

UMA VIAGEM 3D À NEBULOSA DE ORION

Quem conhece bem os meus gostos "astronómicos" sabe que sou um fã da Constelação de Orion.
É bela e imponente, exatamente como a verdadeira beleza deve ser.

Para quem não a sabe localizar, dou umas dicas:
- se estiver em Portugal, procure no Céu, às primeiras horas da noite e virado ao ponto cardeal este (ou nascente), a imagem que a seguir publico:


Com o Céu limpo, deverá ser muito fácil encontrar as 3 Estrelas que formam uma linha quase vertical na direção de Sirius, a Estrela mais brilhante do Hemisfério Norte. Essas 3 Estrelas estarão ladeadas por Rigel e Betelgeuse, duas enormes e belas Estrelas brilhantes.

A Grande Nebulosa de Órion está localizada nessa constelação neste sítio:


E ao telescópio vê-se mais ou menos assim:
Segunda foto publicada no post relativo à Observação de 16/10/2010.

E agora o verdadeiro motivo deste post. Veja a representação do que se passa dentro da Nebulosa de Orion. Graças ao Telescópio Espacial Hubble, a informação recolhida é suficiente para fazer este trabalho.
Soberbo...
Ligue o som.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"FALSO" ALINHAMENTO - 2

Ainda no que toca a este alinhamento planetário de Mercúrio, Vénus e Saturno com as Pirâmides de Gizé, convém mostrar mais um argumento que prova a falsidade da imagem.
Repare-se outra vez na foto:

Há 3 pirâmides. Khufu (a maior, à direita), Khafre (ao centro) e Menkaure (à esquerda, mais pequena). Na imagem, a do meio parece maior mas isso corresponde à ligeiramente maior elevação em que foi construída e ao ângulo em que a foto foi tirada. Esta foto retirada da Wikipédia ajuda a saber qual é qual:


Nesta imagem, o norte (N) é para cima e este (E) para a direita.
Devido ao movimento de rotação da Terra, todas as Estrelas e Planetas "nascem" a este. Como o alinhamento de que se fala só é visível às primeiras horas da manhã, um observador no local teria de estar virado para nascente (ou este).
Ou seja, um observador teria de estar do lado esquerdo desta representação a olhar para a direita. Teria Khufu (a maior) mais à esquerda e Menkaure (a mais pequena) mais à direita.

Conclusão: quem se colocasse na posição indicada pela foto que tem a montagem com as 3 Estrelas, em cima, teria o alinhamento a ocorrer nas suas costas...

Estas imagens que aparecem na Net são muitas vezes falsas. Fazem lembrar aquele mail que volta e meia circula pelas nossas caixas de correio a dizer que Marte vai ficar do tamanho da Lua. Isso nunca vai acontecer. Se isso eventualmente acontecesse, os efeitos da sua gravidade na Terra seriam de tal ordem que nós não estaríamos cá para ver.
O Céu é espantoso e maravilhoso. Quanto mais se sabe sobre ele, mais dá vontade de saber. Mas não à custa de notícias "falsas".

Tal como disse no post anterior, provar a falsidade de algo pode ser tão instrutivo como provar a veracidade de alguma coisa. Contactem-me sempre que surgir algo do género. Terei todo o gosto em investigar o assunto.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"FALSO" ALINHAMENTO - 1

É muito provável que tenham visto na net, em novembro ou dezembro, algumas fotos que acompanhavam notícias que indicavam que iria acontecer um alinhamento raro das Pirâmides de Gizé com Mercúrio, Vénus e Saturno no dia 3 de dezembro de 2012, tais como estas duas que recolhi da net:



Desconfiei logo da sua veracidade. Há muitas imagens "espetaculares" a circular online e não se deve acreditar em tudo o que se vê. E desconfiei porquê?
  1. Se só acontece a cada 2 737 anos, não pode haver fotos de acontecimentos anteriores;
  2. Ainda que se considere que foi feita uma "montagem ilustrativa", as posições dos Planetas são diferentes de uma foto para outra;
  3. Da experiência de observação que tenho, algo me diz que não será nada normal ver 3 Planetas alinhados quase "na horizontal".
  4. Já nem vou falar das cores que as ilustrações apresentam para os Planetas.
Vai daí, propus-me a analisar esta questão como deve ser. Procurar a falsidade de algo pode ser tão educativo como tentar provar a veracidade de alguma coisa.

A primeira coisa que fiz foi utilizar o meu software de Astronomia para tentar obter a visualização dos 3 Planetas quando observados no dia 3 de dezembro.
Primeiro, procurei as coordenadas geográficas das Pirâmides de Gizé:
  • 29º 58' 45.03" N
  • 31º 08' 03.69" E
Pude, então, inserir no Stellarium (versão 0.11.4) as coordenadas que recolhi e fiquei com a visão do Céu no local.


NOTA: A informação no canto superior esquerdo diz respeito à posição do cursor no momento em que fiz a captura da imagem, não tem nada a haver com este assunto.

Depois fui tentar saber em que altura do dia esta conjunção (grande proximidade no campo visual, mas apenas aparente proximidade física) poderia acontecer. Ora, nesta altura do ano, Vénus só é visível ao amanhecer, e isso reduz imenso o espaço temporal deste acontecimento.
Com o Stellarium, fui ver como os Planetas surgiriam efetivamente no Céu, e tirei imagens hora a hora.
A linha que aparece a vermelho é a linha de eclítica, o que corresponde à "estrada imaginária" que os Planetas percorrem no Céu.




Explicando:

  • Às 2h, só Saturno está acima da linha do horizonte;
  • Às 3h, Mercúrio e até Vénus estão tão baixos que dificilmente serão visíveis;
  • Às 4h, parece-me um bom momento para ver o alinhamento;
  • Às 5h, o Sol já nasceu e isso, para quem tem experiência de observação, é um "já foste".
Isso originou um refinamento na pesquisa: o efeito da luz solar.
E o resultado, à mesma hora, do mesmo ângulo de visão, é o seguinte:




Confirma-se que a melhor hora para visualizar este alinhamento será qualquer coisa a rondar as 4h da manhã.
Atenção, que estou a considerar como VERDADE este alinhamento. Aliás, alinhamentos como este são até vulgares. O que estou aqui a rebater é o caráter excecional dado pelas imagens e a veracidade dessas notícias.

E estas imagens já provam um dos argumentos que expus logo no início: os Planetas "não se alinham" na horizontal àquela hora da manhã, mas sim quase na vertical.

No próximo post acabo este tema.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

UM NOVO LOOK

Fiz uma remodelação no look do blogue.
Tentei modernizá-lo um pouco, pois ainda estava a usar a sua configuração original.

Gostava muito de receber o vosso feedback. E, já agora, de conseguir a atenção de mais leitores.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

VOYAGER 1 SEMPRE A MARAVILHAR


SONDA VOYAGER 1 "ENCONTRA" ESPAÇO NO FINAL DO SISTEMA SOLAR


Animação da Voyager feita pela NASA

A sonda norte-americana Voyager 1, no espaço há 35 anos, está já de «saída» do sistema solar, para se transformar no primeiro aparelho humano a entrar no espaço interestelar.

De acordo com a NASA, a sonda, que está a 18,5 mil milhões de quilómetros do sol, indica que está numa «autoestrada magnética» através da qual partículas altamente carregadas de energia do espaço interestelar entram no sistema solar e partículas com pouca energia saem do mesmo sistema, explicaram os cientistas a cargo da missão. Esta é uma nova área do espaço, dentro do sistema solar, que os cientistas não esperavam encontrar.

«Acreditamos que se trata da última etapa da Voyager 1 antes de entrar no espaço interestelar. Segundo as nossas estimativas, a Voyager 1 poderá sair do sistema solar no prazo de dois meses a dois anos. Esta nova região não é como esperávamos, mas já aprendemos que, com a Voyager, é preciso estar preparado para o inesperado», disse Edward Stone, responsável do projeto no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltec.

Duas sondas Voyager lançadas em 1977, com um mês de intervalo, continuam em bom estado e em funcionamento. A Voyager 2 está atualmente a 15 mil milhões de quilómetros do Sol e as duas já passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem-sucedida da história da exploração do sistema solar: revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Neptuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io.

Fonte: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=368305

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Não podia deixar de partilhar convosco esta notícia...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É... CINZENTO?

E termino hoje esta série de posts. Acho que não falta falar de mais cor nenhuma, que seja possível encontrar no Céu...
Os princípios básicos são sempre os mesmos, pelo que não vale a pena explicar novamente os conceitos.

Pois bem, porque é que de vez em quando o Céu se torna cinzento?
Normalmente é sinal de chuva... ou, no mínimo, de nuvens. Vejamos.


A cor de uma nuvem revela a sua composição.
Grosso modo, pode dizer-se que uma nuvem adquire uma tonalidade cada vez mais cinzenta escura, quanto mais "carregada" está. Quanto mais propícia a converter-se em chuva a nuvem se torna, vai passando do branco para cinzento claro, escurecendo progressivamente.
Para perceber este fenómeno, temos primeiro de perceber o motivo de uma nuvem ser branca.

Quando as gotas de vapor de água presentes numa nuvem são muito pequenas, ficam extremamente condensadas. Isso faz com que a luz solar tenha imensa dificuldade em penetrar pela nuvem, sendo a maior parte refletida para o Espaço. Isso dá a tonalidade branca às nuvens, especialmente quando são vistas de cima.
Quando as gotas de água que ela contém vão aumentando progressivamente de tamanho, o que deixa cada vez mais espaço entre elas para a luz do Sol poder penetrar pela nuvem. Neste processo de acumulação de gotas pequenas para gotas cada vez maiores, uma maior percentagem da luz que entra na nuvem fica "presa" e não é refletida, antes de ser absorvida.
Como exemplo, basta pensar que se vê a uma maior distância em situações de chuva intensa do que em momentos de nevoeiro cerrado.

Ainda duas pequenas notas sobre a coloração das nuvens, que talvez até possam ajudar a quem ler este texto a prever um pouco o estado do tempo:
  1. Quando uma nuvem apresenta um tom cinzento azulado, isso significa que o espalhamento (tantas vezes referido em posts anteriores...) está a ser provocado por gotas do tamanho de gotas capazes de provocar chuva.
    Explicação física: o azul está num extremo do espetro do visível. Os raios de menor comprimento de onda são mais facilmente espalhados por gotas do tamanho das gotas de água, pelo que o tom azulado pode significar chuva iminente.


  2. Quando uma nuvem apresenta um tom cinzento esverdeado (tipicamente uma cumulonimbus), é muito provável que se esteja a aproximar uma temporal forte, com chuva, granizo e trovoada, como bem ilustra a foto seguinte tirada em Kansas City, em 2011, pouco antes de um temporal forte.
    Explicação física: o tom verde mostra que o espalhamento está a ser provocado por gelo presente nas nuvens.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É... NEGRO?

Em que situações o Céu que vemos aparenta ser negro? Obviamente, quando é de noite. E no Espaço também, independentemente das horas que os nossos relógios terrestres indiquem. Vamos por partes...

Porque é que o Céu que vemos à noite é negro?

Para responder a esta pergunta, apresento os seguintes argumentos:
  • Como já vimos em posts anteriores, a luz branca é o somatório de todas as cores da faixa visível do espetro eletromagnético;
  • O Céu é azul porque as partículas da atmosfera dispersam e espalham com mais facilidade a componente azul da luz;
  • Quando o Sol está no horizonte, o Céu aparenta ser avermelhado, laranja e rosa, porque a camada atmosférica que a luz tem de ultrapassar é mais espessa.
O que há aqui em comum? A luz.
Resposta simples à pergunta inicial: o Céu é negro à noite devido à ausência de luz. Tal e qual como um quarto escuro, sem luz, vemos negro.
Mas há uma questão importante... é que ao referir-me a "ausência de luz", refiro-me apenas a "ausência de luz do Sol". As outras Estrelas são visíveis porque a luz do Sol não as ofusca à noite, porque o Sol está demasiado ocupado a iluminar a outra metade do Mundo...


E este é um excelente ponto de partida para outra questão.

Porque é que o Céu que vemos no Espaço é sempre negro?

Algumas pessoas, onde me incluo, encaram a Astronomia como uma mistura de Física e de Poesia. Mas sejamos claros numa coisa. O Espaço é basicamente uma imensidão de vazio. No espaço entre as Estrelas, os Planetas, os Cometas, os Asteroides e outros Corpos Celestes, não há nada além de vácuo. É um imenso Nada.
E isso está relacionado com este post num ponto muito simples. É que não havendo nada, a luz não encontra obstáculos à sua propagação e, como vimos em posts anteriores, sem obstáculos não se espalha. Não há dispersão. Independentemente das horas que os nossos relógios "locais" marquem, no Espaço tudo é escuro exceto as fontes de luz e as suas reflexões, como no caso dos Planetas, que não emitem luz mas que a refletem.
Acima da atmosfera, o Céu é sempre negro, porque a luz que ele emite não sofre dispersão.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É... VERMELHO?

Ok, duas ressalvas...
  1. Isto só acontece ao por do sol e ao nascer do sol;
  2. Por "vermelho", entenda-se "tons avermelhados".
Obviamente, este post vem na sequência dos últimos que fiz, sobre as cores que o Céu pode tomar.

O princípio que leva a luz do Sol parecer vermelha quando este está muito próximo do horizonte é o mesmo que faz a cor do Céu parecer azul durante um dia bonito. A Dispersão de Rayleigh (ver "Porque é que o Céu é... Azul?") faz-se sentir sempre, independentemente da hora do dia. A composição da luz não muda, o que muda é a espessura da camada atmosférica que esta tem de passar até atingir os nossos olhos.

Com o Sol tão "baixo", a camada atmosférica que a luz atravessa é superior. A luz sofre espalhamento (ou dispersão) durante mais tempo. Como a quantidade de luz que nos chega diretamente é consideravelmente inferior, o Sol parece-nos menos brilhante. É por isso que conseguimos ter uns momentos românticos a olhar para o por do sol...


E porque é que nos chega menos luz diretamente?
Retornemos ao post em que iniciei este tema, em que faço uma explicação sumária do que é o espetro da luz visível. Está lá uma imagem que mostra "os verdes e os azuis" num extremo da figura e "os vermelhos" do outro. Os verdes e os azuis têm elevada frequência e baixo comprimento de onda, e os vermelhos têm baixa frequência e elevado comprimento de onda. Isto quer dizer que os verdes e os azuis serão refletidos mais frequentemente porque "facilmente" encontrarão na atmosfera obstáculos à sua propagação. A componente vermelha da luz passará porque o seu comprimento de onda é superior e "contorna" esses obstáculos.
Uma vez que a atmosfera aparenta ser mais espessa quando a fonte emissora está no horizonte, os azuis e os verdes encontram muitos obstáculos. Essas componentes da cor não chegam diretamente até nós, ao contrário do vermelho.

Uma outra nota muito interessante.
Muitos de nós já repararam que há dias em que o Céu aparenta ser mais alaranjado ou ter tons mais a pender para o rosa, comparativamente ao normal. Isso acontece quando o Céu tem mais poeiras ou vapor de água. Estas partículas espalham a cor mais facilmente, os azuis e os verdes ficam ainda mais "bloqueados" da nossa vista, e conseguimos ver uma maior variedade dos mais longos comprimentos de onda.


No próximo post vou manter-me neste tema.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É... AZUL?

Na sequência do meu último post...

Já sabemos que o Céu pode tomar várias cores.
Já sabemos que a composição da atmosfera e da luz estão na base dessa variedade.
Ok, mas porquê?

A luz que recebemos da Terra vem, quase exclusivamente, do Sol. É certo que existe uma infinidade de outras Estrelas visíveis à noite, mas a luz que dela nos chega, mesmo que algumas sejam incomparavelmente maiores que o Sol, é ínfima e não entra sequer nas contas. O Sol ofusca-as durante o dia e só durante a noite elas têm hipótese de dizer "olá" à Terra.


Voltando à luz do Sol... A luz viaja do Sol até nós durante 8 minutos em espaço livre, sem que nada a perturbe na sua longa (mas rápida) viagem até nós. De repente, entra na atmosfera terrestre que, como já referi no post anterior, contém partículas.
Dependendo do seu comprimento de onda e do tamanho da partícula em que colide, a onda de luz poderá ou não prosseguir o seu caminho.

Poeiras e gotas de água são sempre maiores que o comprimento de onda de qualquer cor pertencente ao espetro visível. Por isso, todas as cores serão refletidas (basicamente como um jogo de pinball) da mesma maneira e a luz que vemos é branca (vemos o branco como o somatório de todas as cores).

Mas as moléculas dos gases são mais pequenas que o comprimento de onda da luz visível e aí a história é outra. Quando um raio de luz atinge uma molécula é parcialmente absorvida pela molécula e radiada (libertada) numa direção diferente. Ainda que todas as cores sejam absorvidas e afetadas da mesma maneira, a frequência com que tal acontece com os azuis (frequências altas, baixo comprimento de onda) é muito maior.
Este processo chama-se Espalhamento (ou Dispersão) de Rayleigh (ou, em inglês, "Rayleigh scattering" para quem estiver interessado em pesquisar em literatura estrangeira).

É por isto que o Céu é azul. Os comprimentos de onda maiores passam diretamente pela atmosfera sem serem fortemente afetados, ao passo que a cor azul sofre este fenómeno. Seja qual for a zona do Céu para onde olhemos, o azul está presente por sofrer este efeito, mais que as outras cores que compõem a luz.

Contudo, se olharmos para o horizonte, veremos uma luz mais pálida. Azul, mas mais pálida...


Isso acontece porque a camada de atmosfera que a luz tem de passar até chegar aos nossos olhos é superior. Com tantas reflexões sucessivas nas pequenas moléculas de gás, parte da luz azul acaba por ser afastada, e isso faz com que menos luz azul consiga ultrapassar a camada atmosférica que envolve a Terra.

Continuo no próximo post a falar sobre as cores do Céu.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É...?

Começo hoje uma série de posts sobre os porquês das cores que podemos ver no Céu.
Desde o azul do céu de um belo dia de verão ao vermelho intenso de um por-do-sol, passando pelo branco da luz do sol ao breu da noite, o Céu que temos sobre as nossas cabeças toma várias tonalidades. Que todas elas são belas já nós sabemos, mas é preciso mais que simples poder de observação para perceber o motivo de tal variedade acontecer.


É preciso compreender duas coisas básicas:
  1. A composição da atmosfera da Terra;
  2. A composição da luz.
A atmosfera é uma mistura de vários componentes, de composições diferentes, bem como de água, que se pode apresentar na forma de vapor, gotas ou pequenos cristais de gelo. Além disso, podem existir partículas sólidas como poeiras, cinzas ou sais vindos dos oceanos.
A composição da atmosfera varia dependendo da latitude ou do clima, por exemplo.
É, também, mais densa junto à superfície, tornando-se mais fina à medida que a altitude aumenta.

A luz é uma forma de energia que se propaga em ondas eletromagnéticas. A luz visível, tal como a vemos, é uma pequena faixa do espetro eletromagnético. A luz é definida em termos de frequência e comprimento de onda, sendo estas grandezas inversamente proporcionais.
Vemos cores desde o violeta (alta frequência, baixo comprimento de onda) ao vermelho (baixa frequência, elevado comprimento de onda). Frequências mais elevadas que o violeta são o ultravioleta (UV) e mais baixas que o vermelho são o infravermelho (IV). Em baixo está uma imagem que ilustra o que acabei de escrever.


Resumindo, a luz branca é a mistura destas 7 cores. Querem uma prova? Vejam, então, as cores do arco-íris...


Continuo no próximo post a falar das cores do Céu...