segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PORQUE É QUE O CÉU É... AZUL?

Na sequência do meu último post...

Já sabemos que o Céu pode tomar várias cores.
Já sabemos que a composição da atmosfera e da luz estão na base dessa variedade.
Ok, mas porquê?

A luz que recebemos da Terra vem, quase exclusivamente, do Sol. É certo que existe uma infinidade de outras Estrelas visíveis à noite, mas a luz que dela nos chega, mesmo que algumas sejam incomparavelmente maiores que o Sol, é ínfima e não entra sequer nas contas. O Sol ofusca-as durante o dia e só durante a noite elas têm hipótese de dizer "olá" à Terra.


Voltando à luz do Sol... A luz viaja do Sol até nós durante 8 minutos em espaço livre, sem que nada a perturbe na sua longa (mas rápida) viagem até nós. De repente, entra na atmosfera terrestre que, como já referi no post anterior, contém partículas.
Dependendo do seu comprimento de onda e do tamanho da partícula em que colide, a onda de luz poderá ou não prosseguir o seu caminho.

Poeiras e gotas de água são sempre maiores que o comprimento de onda de qualquer cor pertencente ao espetro visível. Por isso, todas as cores serão refletidas (basicamente como um jogo de pinball) da mesma maneira e a luz que vemos é branca (vemos o branco como o somatório de todas as cores).

Mas as moléculas dos gases são mais pequenas que o comprimento de onda da luz visível e aí a história é outra. Quando um raio de luz atinge uma molécula é parcialmente absorvida pela molécula e radiada (libertada) numa direção diferente. Ainda que todas as cores sejam absorvidas e afetadas da mesma maneira, a frequência com que tal acontece com os azuis (frequências altas, baixo comprimento de onda) é muito maior.
Este processo chama-se Espalhamento (ou Dispersão) de Rayleigh (ou, em inglês, "Rayleigh scattering" para quem estiver interessado em pesquisar em literatura estrangeira).

É por isto que o Céu é azul. Os comprimentos de onda maiores passam diretamente pela atmosfera sem serem fortemente afetados, ao passo que a cor azul sofre este fenómeno. Seja qual for a zona do Céu para onde olhemos, o azul está presente por sofrer este efeito, mais que as outras cores que compõem a luz.

Contudo, se olharmos para o horizonte, veremos uma luz mais pálida. Azul, mas mais pálida...


Isso acontece porque a camada de atmosfera que a luz tem de passar até chegar aos nossos olhos é superior. Com tantas reflexões sucessivas nas pequenas moléculas de gás, parte da luz azul acaba por ser afastada, e isso faz com que menos luz azul consiga ultrapassar a camada atmosférica que envolve a Terra.

Continuo no próximo post a falar sobre as cores do Céu.

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