quarta-feira, 4 de maio de 2016

URSA MAIOR - Onde está?

Na sequência do post anterior, o passo seguinte foi explicar que todas as estrelas pertencem a uma constelação, e que não podem pertencer a duas constelações diferentes.

Exemplo perfeito para ilustrar uma constelação numa noite estrelada no hemisfério norte? A Ursa Maior.

Aqui ao lado direito está a imagem das 7 estrelas mais visíveis desta constelação. 

Desde muito cedo que o Homem se habituou a ver imagens no céu e a batizá-las de acordo com o que via e com a sua realidade. Na França, estas estrelas são chamadas de "A Caçarola", na Inglaterra são "O Arado", na China é "O Burocrata Celestial", na Índia são "Os Sete Sábios", na Europa da Idade Média era "A Carruagem" ou "A Carroça", e os egípcios colocaram estas estrelas num grupo maior e viam nela uma procissão de um touro a puxar um homem na horizontal.
No entanto, esta constelação foi batizada como "Ursa Maior" devido à mitologia grega.

Ok, então e onde vemos a ursa?

Fica a imagem em baixo. Vamo-nos abstrair das outras imagens que podemos ver. Não será difícil distinguir as sete estrelas mais visíveis na zona do dorso e na cauda da ursa. Estas estrelas giram em torno de Polaris, a atual Estrela Polar, que marca sempre a direção Norte.

Fica mais um desafio: encontrar a Ursa Maior no céu noturno e procurar ver nela a imagem da Ursa.

terça-feira, 3 de maio de 2016

INICIAÇÃO - Como distinguir estrelas de planetas?

João Tomás, este post é para ti. :)

Como é que se começa a explicar a duas crianças o que veem quando olham para o céu noturno?
Pareceu-me óbvio que o ponto de partida teria de ser explicar o que são estrelas, o que são planetas, e como distinguir ambos a olho nu.

"É fácil! As estrelas têm pontas e os planetas não!", diz a Joana.

Pois, mas não é bem assim... Depois de pensar como havia de responder, tentei explicar que as estrelas, como o Sol, são enormes bolas de fogo, mesmo muito grandes e mesmo muito quentes, e que os planetas são bastante mais pequenos, e que podem ser constituídos por rocha ou por gás.



Além disso, há outras caraterísticas que distinguem claramente uma estrela de um planeta, quando observados a olho nu: a estrela tem luz própria, cintila e parece tremeluzir, enquanto o planeta apenas reflete a luz que a sua estrela faz incidir sobre si, apresentando por isso um brilho mais fixo.
Parece difícil conseguir fazer a distinção, porque todos os pontos nos parecem iguais, mas o treino e a insistência vão mostrar-nos bem a diferença. Além disso, vamos ver que alguns pontos também são azulados, alaranjados, avermelhados ou amarelados.

Deixo em baixo uma imagem representativa do céu que é possível ver na nossa latitude, olhando para Sul, cerca da 1h da manhã (um pouco mais cedo também serve, mas Marte e Saturno estarão bem mais baixos no horizonte). 
Fica o desafio para o João Tomás e para outras pessoas que queiram experimentar este primeiro passo na observação do céu noturno: conseguem encontrar Júpiter, Marte e Saturno no céu, e distingui-los das estrelas?