Em que situações o Céu que vemos aparenta ser negro? Obviamente, quando é de noite. E no Espaço também, independentemente das horas que os nossos relógios terrestres indiquem. Vamos por partes...
Porque é que o Céu que vemos à noite é negro?
Para responder a esta pergunta, apresento os seguintes argumentos:
- Como já vimos em posts anteriores, a luz branca é o somatório de todas as cores da faixa visível do espetro eletromagnético;
- O Céu é azul porque as partículas da atmosfera dispersam e espalham com mais facilidade a componente azul da luz;
- Quando o Sol está no horizonte, o Céu aparenta ser avermelhado, laranja e rosa, porque a camada atmosférica que a luz tem de ultrapassar é mais espessa.
O que há aqui em comum? A luz.
Resposta simples à pergunta inicial: o Céu é negro à noite devido à ausência de luz. Tal e qual como um quarto escuro, sem luz, vemos negro.
Mas há uma questão importante... é que ao referir-me a "ausência de luz", refiro-me apenas a "ausência de luz do Sol". As outras Estrelas são visíveis porque a luz do Sol não as ofusca à noite, porque o Sol está demasiado ocupado a iluminar a outra metade do Mundo...
E este é um excelente ponto de partida para outra questão.
Porque é que o Céu que vemos no Espaço é sempre negro?
Algumas pessoas, onde me incluo, encaram a Astronomia como uma mistura de Física e de Poesia. Mas sejamos claros numa coisa. O Espaço é basicamente uma imensidão de vazio. No espaço entre as Estrelas, os Planetas, os Cometas, os Asteroides e outros Corpos Celestes, não há nada além de vácuo. É um imenso Nada.
E isso está relacionado com este post num ponto muito simples. É que não havendo nada, a luz não encontra obstáculos à sua propagação e, como vimos em posts anteriores, sem obstáculos não se espalha. Não há dispersão. Independentemente das horas que os nossos relógios "locais" marquem, no Espaço tudo é escuro exceto as fontes de luz e as suas reflexões, como no caso dos Planetas, que não emitem luz mas que a refletem.
Acima da atmosfera, o Céu é sempre negro, porque a luz que ele emite não sofre dispersão.
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