domingo, 21 de fevereiro de 2010

A (IN)EXISTÊNCIA DOS TEMPOS

Não sei se alguém já parou para pensar, alguma vez, no conceito de Passado, Presente e Futuro.

Tive um professor de Religião e Moral que dizia que o Presente é o pequeno espaço de tempo que vai do Futuro para o Passado. E explicava, dizendo que se olharmos para o relógio e pensarmos no próximo segundo, ele já foi e virou Passado.

É um ponto de vista. Muito válido.


E se eu disser que o Presente é relativo, e que das duas uma... ou o Presente não existe e o próprio conceito de Tempo não existe, ou há vários Presentes e isso implica que haja vários Tempos.

Explico.

Olhemos para uma Estrela.


Sírio.


Vénia feita, digo que Sírio está a 8,57 anos-luz da Terra. Aqui ao lado, portanto. Sem ironia.
A luz de Sírio demorou 8 anos e meio a chegar cá, a uma velocidade de 300 000 000 metros por segundo, contas feitas a 5000 km/h, se não me enganei. E a uma velocidade destas, demorou 8 anos e meio a viajar desde Sírio até aos nossos olhos!

Olhemos para outra Estrela.


Procyon.


Logo ali um pouquinho a Este.
Está a 11,41 anos-luz de nós. E continua aqui ao lado.

Espaços diferentes, Tempos diferentes, Mundos diferentes, a entrar pelos nossos olhos dentro ao mesmo tempo. Ou não existe Tempo ou há vários Tempos.

Eu acredito na segunda hipótese. Acho que há Tempos Paralelos que se cruzam sem se aperceberem.
E nós só habitamos um, embora contemplemos outros.

Outro exemplo.

Imaginemos a nossa Galáxia vizinha Andrómeda. A 2,5/3 milhões de anos-luz e a aproximar-se, está a bater-nos à porta.
Sabem o que um habitante de Andrómeda veria se tivesse um telescópio super-potente, tão potente que conseguisse ver a Terra ao detalhe? Australopitecos! Sim! Esses nossos primórdios que habitaram a Terra há quanto tempo? 2,5/3 milhões de anos. A luz desses Australopitecos demorou todo esse tempo a chegar aos olhos dos "Andromedianos"... No mesmo Espaço onde estamos nós, Homo Sapiens pouco inteligentes, em Andrómeda vêem-se Australopitecos.

Daqui concluo que há vários Mundos, vários Tempos.

Nós só habitamos um.

Quão pequenos somos...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O CATÁLOGO DE MESSIER - M3

Finalmente tenho tempo para actualizar o blogue. Hoje deixo só uma actualizaçãozinha muito pequena, para breve fica o retomar dos meus posts...

Deixo uma foto de M3, um aglomerado globular na constelação de Canes Venatici, os Cães de Caça.
Estima-se que M3 contenha meio milhão de Estrelas, e é conhecida por ter imensas Estrelas variáveis, estima-se que 212. Foi o primeiro objecto que Messier verdadeiramente descobriu, em 3 de Maio de 1764.

Está a 33900 anos-luz da Terra, ainda mais longe que o próprio centro da Via Láctea, mas mesmo assim o seu brilho chega até nós com uma magnitude de 6,2, o equivalente ao brilho de 300000 sóis...