domingo, 2 de novembro de 2008

O TRIÂNGULO DE VERÃO

Já está a desaparecer do nosso campo visual (também é só por uns meses...), mas ainda é visível. E é digno, sempre muito digno de se ver o espectáculo de simplicidade do Triângulo de Verão.

Sem entrar em pormenores demasiadamente detalhados, aqui ficam algumas curiosidades desta formação inconfundível.Antes de mais, é preciso dizer que está longe do Zodíaco (da linha de eclíptica), onde pontificam Vénus e Júpiter. Logo, é impossível confundir-se com qualquer outra coisa... Em termos práticos, vamos imaginar um observador virado para Oeste (Poente), que olha para cima. À sua "esquerda" terá a eclíptica, e o Triângulo estará mais para a "direita".

É composto por 3 estrelas muito brilhantes, Vega, Deneb e Altair.

Vega é da constelação da Lira. É a 5ª estrela mais brilhante do céu. À sua volta há um disco de gases e poeiras propício ao aparecimento de planetas, se é que já não existem. Por volta do ano 14000, Vega será a nossa Estrela Polar, devido à precessão dos equinócios, tema que um dia mais para a frente abordarei.

Altair está na constelação da Águia, a 17 anos-luz da Terra, sendo uma das estrelas visíveis mais próximas de nós. É uma estrela achatada nos pólos, pois tem uma rotação muito rápida. O seu nome vem do Árabe "Águia Voadora".

Deneb pertence à constelação do Cisne. É uma das estrelas mais brilhantes conhecidas, apesar da sua distância verdadeiramente colossal em relação a nós, e tem um diâmetro entre 200 e 300 vezes o do Sol. Ou seja, se a estrela central do Sistema Solar fosse Deneb, o seu tamanho seria aproximadamente a órbita da Terra.

Para se observar bem o Triângulo de Verão nesta altura do ano, o ideal é fazê-lo ao início da noite. As 3 estrelas "deslocam-se" para Poente à medida que a noite avança, e depois torna-se complicado... mas vale bem a pena.

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