sexta-feira, 5 de novembro de 2010

HISTÓRIA DA ASTRONOMIA - a Lei de Hubble

Paralelamente, outras descobertas foram sendo feitas, e o seu estudo continuado conduziu à Lei de Hubble que, como vamos ver, foi fundamental para a ideia de um "início", um Big Bang!

Com o aumento das dimensões dos telescópios, começou a ser possível medir as distâncias às Estrelas com muito maior precisão.
No século XVIII, Herschel mostra que o Sol faz parte de um grupo de Estrelas, que é a nossa Galáxia, a Via Láctea, que na altura se pensava ser a única. Mas Messier, ocupado na elaboração do seu catálogo, vai observando várias manchas indistintas que não sabia correctamente identificar por serem completamente diferentes das Estrelas. Por isso mesmo, tomaram o nome de Nebulosas. Mas aí nasceu outra questão... elas estavam dentro ou fora da Via Láctea? Ou seja, o Universo teria mais Galáxias espalhadas?

A resposta chegaria em 1923, pela mão de Edwin Hubble, usando um dado descoberto em 1912 por Henrietta Leavitt, que no seu estudo das Estrelas variáveis cefeides mostra que o seu período de variação ajuda a calcular o seu brilho real, e com isso a distância a que se encontram. O Homem ganhou uma régua para medir o Universo!
Voltando a Hubble, ao identificar uma variável cefeide dentro de uma nebulosa pôde determinar que ficava muito mais longe que a Via Láctea, e que cada uma das inúmeras Galáxias detectadas na altura possuía milhares de milhões de Estrelas como o Sol!

Nasce aqui a Espectroscopia. Muito resumidamente, é o estudo do espectro de cada átomo, dependendo da absorção e da emissão da luz. Concluiu-se que as Estrelas se afastam ou aproximam de nós pela análise do efeito Doppler:
  • A luz de uma Estrela que se aproxima tem comprimento de onda menor (espectro desviado para o azul);
  • A luz de uma Estrela que se afasta tem comprimento de onda maior (espectro desviado para o vermelho).
Pois a maior parte estava a afastar-se, pois apresentava um desvio para o vermelho...

E é aqui que surge a Lei de Hubble, que mostra que existe uma relação directa entre a velocidade de uma Galáxia e a distância a que se encontra, postulando que se as Galáxias têm movimento de recessão, então:
  • Estarão mais distantes de nós amanhã do que estão hoje;
  • Ontem estiveram mais próximas;
  • Deve ter existido um instante no passado em que todas as Galáxias estiveram em cima de nós.
Estas observações levam-nos a acreditar num Universo primordial de pequenas dimensões e elevada densidade, a partir do qual se expandiu e continua a expandir.


Penso que a imagem resume numa imagem o que acabei de dizer.
A linha diagonal é uma interpolação dos pontos, que representam a detecção das Galáxias.

Isto poderia ser, na época, uma prova do Big Bang...

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