Lançaram-me o desafio de pesquisar que cores terá o céu a partir da superfície de outros Planetas. Esse desafio não está esquecido...
Hoje apetece-me apenas falar do que sinto e do despertar de consciência que uma noite a olhar para a... noite... provoca. É o descobrir de um Mundo que não está "lá em cima", que não orbita em torno de nada a não ser de nós próprios. O Nosso Mundo Interior.
Antes de me deitar, e à falta de oportunidade de levar o meu telescópio para um local apropriado, vou passar uns minutos à janela do meu quarto. Tenho a sorte de não ter prédios altos à minha frente e consigo ver alguma coisa da Noite.
Mas a Noite é para ser desfrutada em pleno. Gosto do Silêncio, do Cheiro da Noite. Gosto das Sombras e das Luzes indicadoras da presença de Mundos sobre a minha cabeça. E todo esse ambiente desperta-me para outro Mundo, o que está dentro da minha cabeça.
Há uns dias, o clima muito peculiar de Espinho fez-se sentir através da habitual neblina que nos envolve e humedece até aos ossos. Mesmo assim, fui à janela. O Céu estava ligeiramente alaranjado próximo da linha do horizonte, talvez como resultado da iluminação pública. Mas se calhar isso até contribuiu para uma atmosfera de misticismo estranha. A Luz das Estrelas ia e vinha. Júpiter aparecia e desaparecia.
Entre abertas nas nuvens despertei para a minha própria intermitência como Pessoa. O brilho está lá. A Luz está lá.
Por que motivo hei de privar-me a mim mesmo e a quem me rodeia dessa Luz?
Não sei.
Mas sei que nenhum de nós o devia fazer consigo mesmo e com os seus.
Todos temos a nossa Luz. Não vamos abdicar dela.
A nossa presença na Terra é curta. Vamos aproveitá-la.
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