Já falámos um pouco sobre meteoritos. Agora chega a vez de passarmos aos asteroides.
O que é, na prática, um asteroide?
Aquando da formação do Sistema Solar, os protoplanetas foram-se formando por agregação de matéria, pequenos corpos que se foram fundindo por ação da gravidade, e que formaram os planetas. Mas nem todos os corpos entretanto formados deram origem a planetas, por não conseguirem atingir suficiente dimensão para tal. É o caso dos asteroides. Por essa razão, foram também chamados de planetoides.
E esse nome faz completo sentido. Também os asteroides têm satélites naturais, tal como a Terra tem a Lua.
Na imagem que coloco ao lado, tirada em 1993 pela Galileo, podemos ver Ida, um asteroide, com o seu satélite natural Dactyl.
Dactyl foi o primeiro satélite natural de um asteroide a ser descoberto.
Esta foto foi tirada com câmaras de infravermelhos e posteriormente tratada, para que possamos ver uma imagem na região do espetro visível. Se assim não fosse, dificilmente veríamos as "sombras" que vemos na sua superfície. Aliás, muitas das imagens espetaculares que vemos do Universo levam este tratamento...
Existem 3 tipos de asteroides, cuja classificação varia conforme a sua composição:
- Tipo-C (ricos em Carbono)
- Tipo-S (principalmente rochosos - "Stony", em inglês)
- Tipo-M (principalmente Metálicos)
A segunda imagem à direita, a contar de cima para baixo, compara as dimensões da Lua (à direita de tudo), Vesta (o asteroide mais brilhante, o 2º mais massivo e o 3º em volume) e Ceres (o maior asteroide, com aproximadamente 950 km de diâmetro, também chamado de planeta-anão, composto de rocha e gelo). Como podemos ver, não sendo de dimensões extraordinárias, um impacto de um corpo destes com a Terra teria efeitos cataclísmicos.
Num dos próximos posts tratarei com mais detalhe deste assunto.
Contudo, nem todos os asteroides são "tão grandes". A maioria é bem mais pequena, como a imagem à esquerda demonstra.
Podemos comparar Vesta com outros asteroides:
a. Lutetia
b. Mathilde
c. Ida (e Dactyl), que já vimos em cima
d. Eros
e. Gaspra
f. Steins
g. Itokawa
Como curiosidade, refiro que Itokawa, o menor dos asteroides aqui listados, é do tipo-S, e é um elipsoide com 630 m (+-30 m) de comprimento por 250 m (+- 30 m) de largura.
Continuarei no próximo post a abordar os asteroides, nomeadamente a sua localização no Sistema Solar e as suas órbitas.
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