Galileu defendeu o modelo heliocêntrico e provou a sua validade, usando o telescópio para mostrar que:
- Júpiter tem satélites;
- O Sol tem manchas;
- Vénus tem fases.
Entretanto, Galileu escreveu o "Diálogo dos Dois Máximos Sistemas", em que 3 personagens conversam sobre as 2 teorias rivais. Salviati era um homem culto e defendia a teoria heliocêntrica. Simplício defendia o modelo geocêntrico e era um bobo. Sagredo era um mediador com opinião que defendia a mudança das mentalidades... Era um mero texto, mas era um texto acessível ao público, até porque foi escrito em Italiano e não em Latim, como era prática corrente. Galileu queria conquistar o público.
Mas as mentes não mudam facilmente... O astrónomo Francesco Sizi, ao ouvir falar falar dos satélites naturais de Júpiter, argumentou (?) assim:
"Os satélites são invisíveis a olho nu, e portanto não podem ter influência na Terra; por conseguinte, são inúteis e por isso não existem."
Belo argumento...
"Os satélites são invisíveis a olho nu, e portanto não podem ter influência na Terra; por conseguinte, são inúteis e por isso não existem."
Belo argumento...
A própria Igreja tratou de forçar Galileu a retratar-se publicamente pelas suas acções e, em 1633, ao ser condenado a prisão domiciliária por tempo indeterminado, ouviu ajoelhado a sentença e murmurou, numa forma de manter a sua posição bem vincada, "Eppur si muove!" ("E no entanto ela move-se!").
2 comentários:
Reza a 'estória' também que Galileu, mente avançada para o seu tempo, tinha observado Saturno no seu telescópio, e então deixou apontado no seu bloco, um planeta com orelhas, (devido ao angulo que o planeta e os anéis tinham com o observador ). Naqueles dias Galileu era visto como um louco, por isso, sacrificou uma observação a centenas de outros factos que conseguiu provar.
Ate hoje se alguém disser que vê um planeta com orelhas é louco.
Também conhecia essa do planeta com orelhas, mas esqueci-me de mencionar ao escrever este post.
Só não sabia que ele tinha sacrificado a observação de Saturno por não a conseguir provar! Acho, até, que abandonar uma observação em prol de outras, em nome de um bem superior, foi uma atitude fantástica.
Deve ter sido terrível abandonar a busca de uma explicação lógica para "as orelhas" de Saturno, porque o espírito dos verdadeiros cientistas não sossega enquanto ainda existem "porquês" por responder.
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