quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CAMINHADA ASTRONÓMICA - M28 e M31

Sagitário é uma constelação riquíssima. Vale a pena planear uma incursão pelas suas maravilhas, mas nesta noite (aliás, como em todo o Verão), não o fiz. E tenho feito mal...

Mas nesta noite apontei a Sagitário e procurei algo de uma forma semi-aleatória, ou seja, sabendo que iria encontrar algo, não sabia necessariamente o quê. Ou melhor, sabia a localização de alguns objectos dignos de uma boa observação mas não sabia quais. Estupidez minha, porque aquela zona do céu bem que merece um estudo mais aprofundado da minha parte.

Apontei o telescópio a Kaus Borealis e não precisei de o mexer muito para chegar a M28, um aglomerado globular interessante, mas visível com pouco detalhe do meu 70mm.
M28 tem a particularidade de conter no seu interior um pulsar de um milisegundo de período de rotação. Basicamente, um pulsar é uma Estrela que gira muito rapidamente em torno do seu eixo.
Depois virei o telescópio de Sul para Este, onde Andrómeda (M31) brilhava timidamente na constelação com o mesmo nome. Em noites muito escuras e quando a vista está habituada à ausência de luz, é possível ver a pequena mancha, débil e difusa, da nossa Galáxia vizinha. É fascinante pensar que a luz que vemos saiu de lá há cerca dois milhões e meio de anos, e está mesmo aqui ao lado...
Esta foto reflecte o que é possível ver a partir de um telescópio. Vê-se perfeitamente o centro desta Galáxia em espiral, e tem-se umas nuances dos seus braços.
Andrómeda é um bom exemplo de como o star hopping é uma técnica extremamente útil para observação de alguns objectos. Resumidamente, o star hopping é um saltitar de Estrela em Estrela, por forma a mais facilmente atingirmos o nosso objectivo.
O meu próximo post será sobre o "meu" star hopping para Andrómeda.

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