terça-feira, 6 de setembro de 2016

ENCONTRARAM A PHILAE!

A Philae, o módulo que viajou junto com a Rosetta até aterrar no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, apareceu finalmente nas imagens.
Em novembro de 2014 teve problemas com a aterragem, uma vez que os arpões que a deveriam prender à superfície do cometa falharam. Os ressaltos daí resultantes fizeram com que a Philae acabasse por ficar numa zona de muito difícil acesso, uma vez que a luz solar direta que iluminava a Philae era diminuta.
Só foram possíveis novas comunicações, infelizmente curtas, em junho e julho de 2015, após tentativas dos engenheiros da ESA de contactos mais longos, que permitiriam reprogramar a Philae e dar-lhe novas instruções para operar.
A 27 de julho de 2016, o módulo de comunicações a bordo da Rosetta, que permitia comunicar com a Philae, foi desligado, impossibilitando qualquer comunicação com o módulo à superfície do cometa.

A Philae aparce agora, numa foto da câmara OSIRIS, a bordo da Rosetta. tirada a 2 de setembro. A imagem foi captada a 2.7 km de distância, a resolução é de 5 cm/pixel. 

Créditos: Main image and lander inset: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA; context: ESA/Rosetta/NavCam – CC BY-SA IGO 3.0

A imagem permite ver o corpo da Philae, de 1 metro de largura, e 2 das suas 3 pernas. 
A foto do canto superior direito permite ver, através do ponto vermelho, o local do cometa onde a Philae vai permanecer para sempre...

Ok, este é um feito da Engenharia. São máquinas, computadores, não pensam...
Mas tudo tem um lado poético. Se me provoca uma certa nostalgia constatar que a Philae vai ficar para sempre abandonada num mundo desconhecido, não posso deixar de pensar que este é um marco na exploração espacial por parte do Homem. As Voyagers, a New Horizons, a Juno, a Philae, tantos e tantos engenhos que já enviámos para o Espaço em viagens de ida sem volta, são a prova do espírito aventureiro do Homem e do sonho de dar a conhecer novos Mundos ao Mundo.

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