segunda-feira, 13 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA ASTRONOMIA - o heliocentrismo

E eis que chega o abençoado Nicolau Copérnico. Para sermos precisos, Mikolaj Kopernik, visto que ele é de origem polaca.

Usando de um brilhante conjunto de deduções lógicas e sem medo de arriscar dar um salto qualitativo ao nível do pensamento, Copérnico tentou revolucionar mentes com a verdade de ser a Terra a mover-se em torno do Sol e não o contrário. Mas ele era pouco conhecido e facilmente foi desacreditado, até porque o modelo heliocêntrico ainda apresentava imprecisões que beneficiavam o complicadíssimo modelo de Ptolomeu e, tal como disse, era um completo desafio de lógica. Como se já não fossem problemas suficientes, a ortodoxia religiosa e científica reprimia o pensamento original, e as novas ideias tinham um bloqueio natural só por existirem, e logo à nascença.

Copérnico, como astrónomo amador (título que eu próprio me orgulho de ostentar!), estudou os movimentos dos Planetas e, antes de saber que o seu trabalho seria desacreditado na época mas valorizado mais tarde, elaborou um manifesto de apenas 20 páginas, que chocou o mundo científico, que se sentiu abalado pela sua visão (correcta!) do Cosmos. Esse manifesto chamava-se Commentariollus (Pequeno Comentário), foi escrito à mão, e circulou pela mão de pouquíssimas pessoas por volta do ano de 1514.

No Commentariollus, Copérnico defende a sua tese com base em 7 axiomas:
  1. Os corpos celestes não têm um centro comum;
  2. O centro da Terra não é o centro do Universo;
  3. O centro do Universo está perto do Sol;
  4. A distância entre a Terra e o Sol é insignificante quando comparada com a distância às estrelas;
  5. O movimento diário aparente das estrelas é o resultado da rotação da Terra sobre o seu próprio eixo;
  6. A sequência anual aparente de movimentos do Sol é o resultado da translação da Terra à volta do Sol; todos os planetas giram em torno do Sol;
  7. O movimento retrógrado aparente de alguns planetas é explicado meramente pela nossa posição como observadores numa Terra móvel.

Parto daqui no próximo post...

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Hoje fiquei maravilhado com a visão do Céu. O que tinha de especial? Tudo e nada.
Nada, porque estava belo como sempre.
Tudo, porque a simplicidade do brilho das Estrelas me arrasa. Eram tantas e tão brilhantes... É um privilégio ter Vega, Deneb, Altair, Betelgeuse, Rigel, Capella, Procyon e Sírio no mesmo Céu, sempre tão bem acompanhadas por um imponente Júpiter. E estas são só as detentoras dos papéis principais, porque Alnilam, Alnitak, Mintaka, Menkalinan, Tarazed e tantas outras são excelentes candidatas ao Óscar de melhor papel secundário...

Amo o Céu de Inverno, e basta olhar para Ele!

Como dizia Dante: "Os céus giram sobre ti mostrando-te as suas eternas glórias, mas os teus olhos limitam-se a fitar o chão."

Não perca tempo, contemple a beleza que se expõe diante de si...

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