quarta-feira, 15 de julho de 2009

OS DOIS PONTOS VERMELHOS

Mais uma vez, ontem fiquei a pé até tarde.
Antes de me deitar, fui à janela do meu quarto dar as boas noites a Vénus, que sabia que ia estar lá. Eram para aí 4h30 e já devia estar bem alto, mesmo ali pertinho de Aldebaran.

Mas quando olhei um pouco para cima, vi outro ponto avermelhado e inicialmente fez-me confusão.

Que diabo, o que é aquilo?


Abri a persiana, porque estava a espreitar só pelos buracos. Que se lixe lá o barulho para os vizinhos. A porcaria da poluição luminosa da Avenida 32 não me deixava ver com grande pormenor o que eu queria (a posição da constelação de Touro), para confirmar se aquele ponto seria a Estrela Alnath, mas depois concluí que não podia ser. Alnath não brilha tanto, Touro não estava naquela posição e aquele brilho não era cintilante.
Só podia ser um Planeta...

Só podia ser Marte.

Não sei porquê, pareceu-me especialmente espectacular ontem, ali tão pertinho de Vénus!
O Deus da Guerra com a Deusa do Amor. Um poema escrito no Céu.

Depois imaginei a linha da eclíptica e imaginei-a a apanhar Júpiter (bem) mais à frente.

Tudo faz sentido no Céu, e isso fascina-me. E mesmo assim consegue surpreender-nos com a sua grandeza e a sua beleza sempre que olhamos para Ele. E nunca o fazemos, nunca o faremos, vezes suficientes...

Sem comentários: