Mais uma vez, ontem fiquei a pé até tarde.
Antes de me deitar, fui à janela do meu quarto dar as boas noites a Vénus, que sabia que ia estar lá. Eram para aí 4h30 e já devia estar bem alto, mesmo ali pertinho de Aldebaran.
Mas quando olhei um pouco para cima, vi outro ponto avermelhado e inicialmente fez-me confusão.
Que diabo, o que é aquilo?
Abri a persiana, porque estava a espreitar só pelos buracos. Que se lixe lá o barulho para os vizinhos. A porcaria da poluição luminosa da Avenida 32 não me deixava ver com grande pormenor o que eu queria (a posição da constelação de Touro), para confirmar se aquele ponto seria a Estrela Alnath, mas depois concluí que não podia ser. Alnath não brilha tanto, Touro não estava naquela posição e aquele brilho não era cintilante.
Só podia ser um Planeta...
Só podia ser Marte.
Não sei porquê, pareceu-me especialmente espectacular ontem, ali tão pertinho de Vénus!
O Deus da Guerra com a Deusa do Amor. Um poema escrito no Céu.
Depois imaginei a linha da eclíptica e imaginei-a a apanhar Júpiter (bem) mais à frente.
Tudo faz sentido no Céu, e isso fascina-me. E mesmo assim consegue surpreender-nos com a sua grandeza e a sua beleza sempre que olhamos para Ele. E nunca o fazemos, nunca o faremos, vezes suficientes...
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